Quem quer ver os 25 trens antigos da Trensurb com ar-condicionado precisará esperar sentado. Motivo do reajuste da passagem em 2019, a climatização dos veículos está no aguardo da realização de um estudo técnico.
E para começar a fazer os cálculos, a Trensurb precisará de R$ 363 mil. Este é o custo estimado para contratar a empresa que irá fazer a avaliação. Por enquanto não há previsão para este gasto no orçamento.
Segundo a Trensurb, uma análise preliminar realizada pela gerência de projetos apontou "que o nível de intervenção necessário para a climatização do trens da série 100 exige uma análise mais aprofundada sobre a viabilidade da reforma versus aquisição de novos trens".
Os veículos foram construídos em 1984 e têm vida útil prevista até 2034. Porém, a avaliação preliminar feita pelos técnicos da empresa verificou que somente a instalação de climatização nos trens antigos "não supriria todas as necessidades de atualização tecnológicas necessárias à uma operação mais qualificada dessa frota".
Há pouco mais de um ano, a Trensurb sugeriu ao Ministério do Desenvolvimento Regional que, se houvesse aumento da tarifa, de R$ 3,30 para R$ 4,20, poderia avaliar a instalação de aparelho de ar-condicionado nos trens antigos.
O reajuste foi aprovado e passou a valer em 13 de março de 2019. Porém, a climatização dos veículos ainda está longe de ocorrer.
Em outubro de 2018, um protocolo de intenções chegou a ser assinado com a Rio Grande Energia (RGE). O objetivo seria realizar a troca dos motores dos veículos antigos, que consomem muita energia e impedem a utilização do ar-condicionado.
Um dos 24 trens da série 100 seria retirado de circulação para servir de modelo. A intenção da Trensurb era que, ainda em 2019, este veículo já estaria adaptado, o que não se confirmou.