A privatização da Trensurb não irá significar um aumento no valor da passagem. A avaliação é do novo diretor-presidente da empresa, Pedro Bisch Neto, que tomou posse na quarta-feira (06). O governo federal poderá manter o subsídio para completar os custos operacionais desde que ele possa ser reduzido.
Hoje, o valor arrecadado com a passagem cobre 70% dos custos da empresa. O restante é coberto pela União.
- O governo quer se desincumbir do subsídio. Se der para zerar, ótimo. Se não der, é possível reduzir em quanto tempo? Tudo isso deve ser aliado a investimentos - disse Bisch Neto em entrevista ao Gaúcha Atualidade desta sexta-feira (06).
Ele destaca que a modelagem para privatização que deverá ser escolhida precisa ser útil para a empresa, garantir investimentos necessários, trazer uma tarifa módica e melhorar a prestação do serviço público. Duas empresas foram selecionadas para liderar os estudos que irão definir a privatização da Trensurb. O prazo contratual para término do levantamento é de três anos.
- O objetivo fundamental é garantir a prestação do transporte público. A discussão sobre privatização é um detalhe sobre a gestão da empresa - destaca o presidente da Trensurb.
Porém, o governo pretende ver o processo concluído na metade do tempo, em um ano e meio.
- Eu comandei a Ceee (Companhia Estadual de Energia Elétrica) na época da privatização. Foi muito mais complexo - ressaltou Bisch Neto.
Em setembro do ano passado, um decreto assinado por Jair Bolsonaro incluiu a Trensurb no Programa de Parcerias de Investimentos da Presidência da República (PPI) e no Programa Nacional de Desestatização (PND). Antes disso, em maio, o Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos da Presidência da República (CPPI) definiu uma data provável para oferecer a Trensurb para a iniciativa privada.