A privatização da Trensurb deve mesmo ser realizada em pouco mais de um ano e meio. O consórcio de quatro empresas, liderado pela BF Capital Assessoria em Operações Financeiras, é o responsável por fazer uma avaliação econômico-financeira da desestatização e realizar levantamentos "jurídicos, contábeis, técnico-operacionais e outros serviços profissionais especializados".
Se confirmado o prazo, será uma antecipação pela metade do tempo previsto no edital. Contratualmente, o consórcio tem três anos para realizar os levantamentos necessários. Porém, o presidente da BF Capital, Renato Sucupira, garante é possível executar o levantamento no prazo anunciado pelo governo.
- Do ponto de vista técnico é possível fazer dentro do prazo e até mais rápido. Vai depender da vontade política de se querer fazer isso - relata o presidente.
Há dez dias, o diretor-presidente da Trensurb, Pedro Bisch Neto destacou que, mesmo com a desestatização, o governo federal poderá manter o subsídio na empresa pública para completar os custos operacionais desde que o valor possa ser reduzido. Hoje, o valor arrecadado com a passagem cobre 70% dos custos da empresa. O restante é coberto pela União. Mas, na avaliação de Sucupira, ainda não é possível apontar qual será a modelagem econômico-financeira que será adotada.
Em setembro do ano passado, um decreto assinado por Jair Bolsonaro incluiu a Trensurb no Programa de Parcerias de Investimentos da Presidência da República (PPI) e no Programa Nacional de Desestatização (PND). Antes disso, em maio, o Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos da Presidência da República (CPPI) definiu uma data provável para oferecer a empresa para a iniciativa privada.