Parada desde 24 de julho, a duplicação de 5,5 quilômetros da Avenida Tronco, na zona sul de Porto Alegre, está sem previsão de retomada. E, desta vez, o problema não é falta de dinheiro.
A prefeitura quitou a maior parte da dívida que tinha com as empresas Pelotense, Toniolo Busnello e Brasília Guaíba. Aproximadamente R$ 2,4 milhões foram repassados. Além de um saldo de R$ 603 mil, acumulados entre março e maio, há ainda outra fatura de R$ 1 milhão, que as construtoras apresentaram em agosto, e que a prefeitura tem até o fim de setembro para pagar.
Esse montante em aberto não impede a retomada da obra. A dificuldade hoje é a falta de espaço para as construtoras trabalharem.
Atualmente, as obras só podem ocorrer em trechos que, somados, chegam a menos que 500 metros. Mas há 2,5 quilômetros que não recebem obras por causa da demora no reassentamento de famílias.
A prefeitura ainda precisa definir a retirada de 51 casas do traçado da duplicação. Dos casos não resolvidos, 17 devem durar mais tempo para serem resolvidos, pois as famílias recorreram à Justiça. Em nove situações as famílias aceitaram sair, mas ainda aguardam a definição dos valores das desapropriações. As outras oito pendências envolvem famílias que não querem sair do local onde vivem. A prefeitura aguarda a reintegração de posse.
A duplicação da Avenida Tronco começou em março de 2012 e parou em outubro de 2016, por falta de recursos. Era uma das obras projetadas para a Copa de 2014 no Brasil. Os trabalhos foram retomados em junho de 2018 e pararam em julho com 40% de conclusão.
Até agora, 1,7 quilômetro já está pronto. Desde que a obra começou, em março de 2012, 1.420 famílias conseguiram mudar de endereço. A expectativa da prefeitura era ter os trabalhos finalizados em julho de 2022. Porém, essa última parada deve levar a obra até as vésperas do Mundial do Catar, que, de forma inédita, não será realizado entre junho e julho mas sim entre novembro e dezembro.