Até o começo da próxima semana, a comissão de licitação da prefeitura de Porto Alegre irá aprovar a proposta apresentada pela empresa Brasil Outdoor para instalação dos novos relógios de rua na cidade. Quando isso ocorrer, a primeira colocada na licitação terá prazo de até 45 dias para colocar em funcionamento o modelo que servirá de testes para os demais 167 equipamentos.
O relógio de rua será instalado na frente do Paço Municipal. Ele será monitorado para ver se atende os parâmetros exigidos pela prefeitura.
- Se tudo estiver dentro dos parâmetros, assinamos o contrato e, e em janeiro, a empresa começa a instalar os relógios - disse o secretário municipal de Parcerias Estratégicas, Thiago Ribeiro, em entrevista ao Gaúcha Atualidade desta quinta-feira (12).
Apesar do contrato estipular que a empresa tem prazo de dois anos para colocação de todos os relógios, o secretário informa que o processo de instalação será concluído até o fim de 2020.
Além de registrar hora e temperatura, os futuros relógios eletrônicos de Porto Alegre também devem contar com câmeras de segurança. O sistema será interligado ao Centro Integrado de Comando da Cidade (Ceic). Os novos equipamentos também devem contar com medição de raios ultravioletas, painel de mensagens ao cidadão e Wi-Fi.
Caberá à empresa fazer a conservação dos equipamentos. Em contrapartida, poderá explorar a publicidade dos espaços. O prazo da concessão é de 20 anos. Durante o recebimento das propostas, a Brasil Outdoor apresentou o maior valor de outorga: R$ 81 milhões.
Pela previsão do edital, 20% do valor será pago após a assinatura do contrato. Outros 80% serão quitados ao longo do contrato a partir do 25° mês.
O valor apresentado é 11 vezes maior do que a prefeitura previa lucrar com a instalação dos novos equipamentos. O valor mínimo de outorga proposto pela prefeitura era de R$ 7 milhões.
Os relógios de rua estão desativados desde julho de 2015 em Porto Alegre. Desde então, dois editais já foram lançados pelo Poder Executivo, mas sem sucesso. No primeiro, nenhuma empresa manifestou interesse e, no segundo, o processo foi suspenso.
Ouça a entrevista do secretário municipal de Parcerias Estratégicas, Thiago Ribeiro: