O governo federal confirmou aquilo que já se especulava sobre os próximos trechos de rodovias do Rio Grande do Sul que vão ganhar pedágios. Um decreto publicado no Diário Oficial da União desta quinta-feira (15), incluiu oficialmente uma série de estradas no país que passarão a integrar o Programa de Parcerias de Investimentos da Presidência da República (PPI) e o Programa Nacional de Desestatização (PND).
No Rio Grande do Sul, serão mais de 500 quilômetros de rodovias que serão repassados para a iniciativa privada. O trecho entre a ponte do Guaíba, em Porto Alegre; e a RS-350, em Camaquã; envolve aproximadamente 125 quilômetros da BR-290 e da BR-116, respectivamente.
Ainda na BR-290, há um trecho de cem quilômetros entre o entroncamento da BR-116, em Eldorado do Sul até a BR-471, em Pântano Grande. Aliás, essa é a região exatamente onde hoje há contrato em andamento para duplicação da rodovia.
Estes dois pontos, inclusive, já estavam na relação nos últimos anos e deveriam ter sido lançados na concorrência vencida pela CCR ViaSul. Porém, a avaliação do governo Temer é que o pedágio ficaria muito elevado e, portanto, eles foram retirados do edital.
O maior trecho, porém, envolve aproximadamente 300 quilômetros entre a BR-158, em Panambi, até a BR-392, em Santana da Boa Vista.
Rodovias de Santa Catarina também foram incluídas na relação e duas delas envolverão diretamente os interesses dos gaúchos: BR-470, entre Navegantes e a divisa com o Rio Grande do Sul; e a BR-153, do entroncamento com a BR-282 até a divisa com o estado gaúcho.
A União também confirmou as negociações envolvendo três aeroportos regionais: o de Pelotas, o de Uruguaiana e o de Bagé. Com isso, abre-se a possibilidade para realização de estudos que vão embasar as licitações para contratação das empresas que vão desenvolver os projetos e, posteriormente, a montagem do edital para execução dos próximos leilões.