Daqui a menos de 60 dias, 13 rodovias estaduais do Rio Grande do Sul terão os pardais desligados. Atualmente, eles monitoram 93 faixas de tráfego.
Diferente do entendimento do presidente Jair Bolsonaro, que questiona a utilização destes equipamentos, o governo do Estado entende que os controladores de velocidade são importantes. Mas, então, por que eles deixarão de registrar os excessos de velocidade?
Segundo o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), na segunda quinzena de julho chega ao fim os dois contratos assinados em 2014. Eles não poderão ser prorrogados. Somente em 2018, o governo pagou R$ 4,11 milhões com o aluguel destes pardais.
A autarquia já encaminhou à Secretaria de Fazenda os expedientes solicitando autorização para a abertura do processo licitatório. Porém, ainda não foi dado o aval para realização da concorrência. Mesmo assim, a Secretaria Estadual dos Transportes informa que "o processo está sendo executado com a máxima celeridade possível".
Entre a publicação do edital, realização da licitação, assinatura de contrato, início da instalação dos equipamentos, aferimento pelo Inmetro e começo dos registros fotográfico serão necessários entre quatro e seis meses. Dessa forma, os pardais deverão permanecer meses desligados.
Uma alternativa seria realizar pagamentos por indenização para as empresas donas dos equipamentos. Os valores seriam transferidos de forma pontual até o início do novo contrato. Porém, essa hipótese ainda não foi apresentada pelo governo como sendo uma possibilidade viável.
Pardais desligados em rodovias estaduais não são novidade. Em novembro de 2010, os equipamentos foram desligados devido ao fim do contrato emergencial assinado entre o governo e a empresa Kopp Tecnologia. Os pardais só foram religados quatro anos depois, depois que o Piratini finalizou licitação, assinou contrato com a Perkons, que realizou as instalações dos controladores.