A notícia de impacto na área da segurança pública neste domingo (31) é a morte de 25 homens no interior de Minas Gerais, todos suspeitos de cometer assaltos a bancos e carros-fortes. Eles foram surpreendidos em dois locais, após ação conjunta das polícias Militar (de MG) e Rodoviária Federal. O armamento de guerra apreendido com eles comprova que se tratava de uma quadrilha sofisticada.
Entre os mortos já foram identificados cinco mineiros (de Uberaba), um bandido do Distrito Federal (Brasília) e outros de São Paulo. Dentre esses últimos estariam suspeitos de cometer o mega-assalto a uma agência do Banco do Brasil em Criciúma (SC), em 1º de dezembro de 2020. A informação é do tenente-coronel Marcos Serpa, da PM mineira.
Na ocasião, em Criciúma, pelo menos 30 bandidos levaram cerca de R$ 100 milhões. Fizeram reféns, incendiaram caminhões e desfilaram em comboio até a estrada que liga Santa Catarina ao Rio Grande do Sul, a BR-101, onde se dispersaram. Um PM ficou gravemente ferido no embate com os assaltantes e até hoje não se recuperou das sequelas.
Desde então, 12 dos supostos envolvidos no assalto em Criciúma foram presos, sendo que sete deles no Rio Grande do Sul: em Torres, Gramado e Porto Alegre. Nenhum deles era gaúcho.
As suspeitas dos policiais que investigam o caso é que o mega-assalto tenha sido contratado pela maior facção criminosa do país, o Primeiro Comando da Capital (PCC). O dinheiro é usado para tentar resgate de criminosos afilhados à organização e, também, para financiar compras de drogas e armas.
Por falar em armas, olha o nível das apreendidas com os bandidos mortos em Minas Gerais neste domingo: 10 fuzis, 25 pistolas e, pasme, três metralhadoras calibre .50, capazes de derrubar aviões. Elas são usadas para perfurar blindados de transporte de valores. O desafio das polícias, agora, é provar o envolvimento dos mortos em dezenas de roubos país afora. Isso porque costumam usar identidade falsa. Serviço para bons policiais.