Vem aí o 21 de abril, Dia do Policial Civil, e a categoria não vê muitos motivos para comemoração no Rio Grande do Sul. Tanto que , realizaram no ano passado, planejam atos de solidariedade - e seriedade. Um deles acontece neste sábado (13), quando farão doação de sangue em dois hospitais de Porto Alegre. Ações também acontecerão em Uruguaiana, Pelotas, Passo Fundo e Bagé.
São 1,7 mil aprovados nesse concurso que aguardam convocação (400 já foram chamados). Parte está num curso de formação, no qual aprendem noções de tiro, defesa pessoal e o mais importante na Polícia Civil: criminologia, que vem a ser o estudo de casos e de pistas deixadas em locais de crimes. A expectativa é que o governo chame 800 desses concursados. Em decorrência do aperto nas finanças estaduais, os outros 900 ficam na espera, como excedentes. Hoje o efetivo da Polícia Civil é de 4,9 mil agentes. Deveria ser pelo menos o dobro, a se julgar pelas recomendações internacionais, de um agente para cada 1.162 habitantes.
Há ainda um agravante: uma corrida de policiais civis em busca da aposentadoria, ante a perspectiva de que as mudanças nas regras previdenciárias retirem alguns direitos históricos da categoria, como aposentadoria aos 30 anos de serviço (homens) e 25 (mulheres).
Muitos concordariam em trabalhar anos a mais, caso se confirmem as mudanças na Previdência Social. O que eles não gostam, mesmo, é da sobrecarga, provocada pela escassez de efetivo. É por isso que, caso se confirmem as privatizações almejadas pelo governo do Estado, parte do dinheiro deve ser imediatamente canalizada para efetivação dos concursados na área de segurança pública. A comunidade saberá agradecer.