A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Com uma demanda crescente de um lado e uma fruta mais vermelha, doce e crocante de outro, uma empresa de Vacaria viu no cultivo de macieiras uma oportunidade de expansão. É a RASIP, unidade de negócios da RAR, braço de agronegócio do Grupo Randon. Com 68 hectares semeados entre 2023 e 2024, a ideia é chegar aos 100 hectares até 2025.
De acordo com o CEO da RAR, Angelo Sartor, a expansão em área da empresa vem ocorrendo há 10 anos. O foco até então era nas variedades maxigala e fuji, mais conhecidas e que somam a maior parte dos 1,3 mil hectares. Agora, a aposta da RASIP está na belgala, clone de maçãs gala desenvolvido e protegido pela empresa.
— É uma fruta que o consumidor aprecia muito. Tem coloração avermelhada, tem crocância, sabor. Tem alto valor agregado — justifica Sartor.
Além do mercado interno, a RASIP também mira com a produção dos 100 novos hectares na demanda crescente da Índia e de países da Europa, que já são compradores da fruta brasileira.
— Só não exportamos mais por falta de fruta — reforça o potencial do mercado o CEO.
Atualmente, a empresa exporta 6 mil toneladas da fruta (considerando todas as variedades) por ano, volume que equivale entre 10% e 15% do total colhido.