A manutenção da data de realização da Expointer, apesar dos estragos registrados no parque Assis Brasil, em Esteio, é emblemática. Comunicada nesta sexta-feira (14), quando o governador Eduardo Leite visitou o local, a decisão tem relação direta com o espírito de que é preciso seguir em frente e fazer a economia girar, até para que o Rio Grande do Sul possa se reerguer.
– Todo mundo está com o mesmo sentimento, a mesma disposição, mas é uma decisão levada não apenas pela emoção, mas também feita de forma racional – ponderou Leite sobre a realização da feira no período de 24 de agosto a 1º de setembro.
Com a maior parte alagada, o parque ostenta as marcas dos estragos. A recuperação da infraestrutura que cabe ao Estado tem custo estimado de R$ 6 milhões. Os danos estão em pisos de pavilhões, em ruas, na hidráulica, elétrica e em calhas.
Para dar conta do que é necessário para colocar a feira de pé mais a reconstrução, duas frentes trabalharão de forma simultânea. Uma para dar continuidade ao processo de contratação já iniciado – e que envolve, por exemplo, bilheteria – e outra ,para os reparos. Secretário interino da Agricultura, Márcio Madalena explica que foi feita a calendarização do s prazos, “de trás para a frente”:
– A data (de início) é 24, só que precisamos entregar os pavilhões para a montagem dos expositores quase um mês antes.
Tradicional palco da produção e de encontro dos gaúchos, também de grandes reivindicações, a Expointer não poderia ficar de fora dessa grande corrente de retomada.
Assim como foi na pandemia, essa feira será menos sobre resultados — ainda que organizadores projetem ser possível fechar negócios à altura ou até acima dos R$ 8 bilhões de 2023 — e mais sobre manter aberta uma vitrine que conta a história da economia, mas também do povo gaúcho.