Colocar o pé na grama verde, sentar sob a sombra de uma planta e contemplar o campo. Essa proposta que cada vez mais cai no gosto da população urbana também está na vitrine da 24ª Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque, no norte do Estado. Aos cuidados da Emater, o espaço de turismo rural é mais do que uma parada para descanso de quem circula pelos 131,2 hectares do parque onde a feira é realizada. Lá estão materiais de divulgação de prefeituras e locais em que a iniciativa já é desenvolvida. Tem também uma amostra das delícias culinárias que esses locais oferecem.
— Proporcionamos um ambiente acolhedor e um espaço de inspiração. Aqui, vão ter contato com paisagismo, decoração. São coisas simples, que podem ser usadas na propriedade — explica Elaine Pereira, extensionista rural social da Emater do escritório municipal de Carazinho, coordenadora do espaço de turismo rural dentro da exposição.
Nessa interação entre quem faz e quem busca informações, a área põe em prática o que prega. Das plantas escolhidas para a ornamentação aos materiais reutilizados que ajudam a embelezar o local, tudo pode ser replicado, sem a necessidade de grandes investimentos. Para a área de sombra junto aos pergolados, por exemplo, a escolhida foi a tumbérgia trepadeira. Para o embelezamento, plantas rústicas, como o capim dos pampas, que não dão "muito trabalho", são de fácil cuidado.
Além de dar orientação a quem busca informações sobre a atividade na feira, os extensionistas da Emater também prestam assessoria no interior dos municípios.
— É uma grande tendência e uma grande demanda. As pessoas estão buscando muito essa questão de bem-estar, esse turismo de ficar na sombra. Turismo é tudo: educação, saúde, bem-estar, gastronomia... — completa Elaine.