A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
"Barro, barro, barro", assim descreve a produtora Marines Trevizan como ficou a sua propriedade após a enchente alcançar o município de Casca. Além da sujeira, outras consequências da inundação no local foram a morte de uma vaca, o ferimento de outras — algumas, inclusive, estão mancando, o estrago da parte elétrica da propriedade e a perda de geladeira, detergentes, tambor, caixa d´água, coxos e de um botijão de sêmens.
A produtora diz que, em 32 anos instalada no local, nunca havia visto algo parecido:
— A perda foi grande, não só das coisas que (a água) levou, mas também da produção de leite, que a gente teve que jogar fora. Porque a ponte que levavámos leite foi danificada.
A ordenha, agora, está sendo improvisada. Dos 1,8 mil litros produzidos pelos seus animais em um dia, foram entregues 400 litros.
Além da pecuária de leite, outro prejuízo foi com relação à agricultura da propriedade. A lavoura de milho silagem (usada para alimento dos animais) foi, literalmente, lavada pela água que passou nessa semana.
— A gente vinha com anos de seca, então começou a plantar cedo para colher cedo. E, mesmo assim, assim levou tudo. O prejuízo ali é muito grande — avalia a produtora.