A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Depois de um ano e dois meses, a tradicional marca de leite brasileira Piracanjuba volta a produzir todo o seu portfólio de lácteos da unidade localizada em Carazinho, no norte do Estado. Parte das atividades da fábrica havia sido suspensa em junho do ano passado em razão da diminuição do fornecimento de leite na região, de acordo com a empresa. Agora, além do soro desmineralizado, que não parou de ser produzido neste período, e do leite condensado, com produção retomada em maio, voltam a ser fabricados no local o achocolatado e o creme de leite da marca a partir de setembro.
A captação de leite de produtores da região não foi interrompida. A matéria-prima foi direcionada para outras unidades fabris da empresa. E, agora, também deve ganhar amplitude com a retomada da produção.
Vice-presidente da Piracanjuba, Luiz Cláudio Lorenzo explicou à coluna que essa decisão partiu da relevância que o Estado possui no mercado de lácteos nacional e da vontade da empresa de expandir o abastecimento dos seus produtos no Sul e no Sudeste.
— Com essa iniciativa, movimentamos toda a cadeia do leite, geramos emprego e fortalecemos nossa proximidade com produtores rurais e consumidores, levando experiência de sabor e qualidade a mais regiões do Brasil — acrescenta Lorenzo.
Em relação ao número de empregos a serem gerados, a empresa preferiu não se manifestar.
Outro fator que influenciou a suspensão temporária de parte das atividades da fábrica no ano passado, diz o dirigente, foi o endividamento da população na pandemia:
— A demanda por lácteos estava enfraquecida.
Ao todo, o Laticínios Bela Vista, dono da marca Piracanjuba, possui sete unidades fabris localizadas em Bela Vista de Goiás (GO), Governador Valadares (MG), Maravilha (SC), Sulina (PR), Araraquara (SP), Três Rios (RJ) e Carazinho (RS). Juntas, operam com capacidade produtiva de mais 6 milhões de litros de leite por dia.