Os ministros da Agricultura, Carlos Fávaro, e do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, têm participação confirmada para a Expointer deste ano. E, junto com outros integrantes do governo, deverão ser os representantes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no parque Assis Brasil, em Esteio. Justamente por isso, a vinda deles traz a expectativa de que tenham alguma notícia a compartilhar com o setor.
Teixeira tem prevista a participação na abertura oficial do Pavilhão da Agricultura Familiar, no dia 31 de agosto, entre suas atividades. Do segmento, há demanda importantes à espera de resposta. Como a solicitação para que seja revista a nova regra com relação ao Proagro, que limitou o número de acionamentos do benefício.
Outro ponto é a crise no setor de leite. Apesar dos R$ 200 milhões anunciados para a compra governamental do produto, os agricultores buscam medida de restrição às importações de lácteos do Mercosul. Houve aumento ampliada para 18% a alíquota para manteiga e queijo.
— As medidas nesse sentido não incluem o leite em pó e a muçarela, os maiores volumes — diz Eugênio Zanetti, vice-presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do RS (Fetag-RS).
Da alçada do Ministério da Agricultura, a revisão do calendário de plantio da soja, parece uma das solicitações mais factíveis de serem atendidas. A mudança feita pela pasta encurtou a janela, o que traz restrições para o cultivo de duas safras no ciclo de verão.
O assunto foi pauta de reunião com representantes da Federação da Agricultura do RS (Farsul), da Federação das Cooperativas Agropecuárias (Fecoagro-RS) e do Sistema Ocergs-Sescoop.
— O ministro deixou claro que não viria ao RS se não tivesse notícia boa para trazer — observa Darci Hartmann, presidente do Sistema Ocergs-Sescoop.
Outra proposta apresentada foi de alternativas de crédito para melhorar o capital de giro das cooperativas com associados que tenham sido impactados pelas estiagens em sequência no Estado. No desenho apresentado, há duas possibilidades: BNDES Crédito Rural com taxa fixa em dólar ou CRA Garantido pelo BNDES, em um montante de R$ 3,9 bilhões.
— O recurso não é para a recuperação de cooperativas, mas sim, para que tenham condições de seguir ajudando os produtores a plantar – reforça Paulo Pires, presidente da Fecoagro-RS.
Presidente da Farsul, Gedeão Pereira diz que expectativa há, mas por ora, não se tem sinalização sobre as medidas.
Fávaro deve fazer uma apresentação do Plano Safra, na sede da Ocergs no dia 31. E Teixeira, visitar o estande do Mais Alimentos.