A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Apesar de ser uma comemoração tradicional no campo, o banho de leite ainda gera curiosidade no público da cidade. A celebração marca o encerramento do concurso de ordenha em diversas feiras do agronegócio. Inclusive na 44ª Expoleite e 17ª Fenasul, onde o evento ocorre nesta quinta-feira (18), às 17h.
A primeira delas é referente ao banho em si. Na celebração, são derramados cerca de 80 litros nos produtores de cada granja vencedora. A competição envolve duas categorias (a fêmea jovem e a adulta) para cada uma das raças (a holandesa, aquela das vacas de pelagem malhada, e a jersey, de pelagem lisa e marrom).
E, segundo o superintendente-técnico da Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando), José Luiz Rigon, há motivos para isso:
— Chamar a atenção do público e mostrar o quanto o animal vencedor foi produtivo. Tem gente que não sabe quanto uma vaca é capaz de dar leite.
E, como diz o ditado, não adianta chorar pelo leite derramado. Até porque nem leite é. E aí vem a segunda curiosidade. O líquido é uma mistura de cal, água e 4 litros de leite.
— É interessante salientar sempre. Não é leite. O pessoal critica de se jogar leite fora nesses eventos. A gente também acharia ruim — esclarece a presidente da Associação de Criadores de Gado Jersey do Rio Grande do Sul (ACGJRS), Ângela Maraschin.
Uma terceira curiosidade é a de que neste ano uma parceria com a empresa Lactalis e as cooperativas Dália e Santa Clara permitirá a doação do equivalente ao leite ordenhado no concurso para entidades beneficentes do município de Esteio.
A quarta e última ainda é sobre o leite acumulado nas ordenhas realizadas (neste momento, na Expoleite, no parque Assis Brasil, em Esteio). As duas associações de raça fecharam um acordo com a Lactalis, que comprará os volumes.