A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Muito antes da abertura dos portões para o primeiro dia de Expoleite e Fenasul no parque Assis Brasil, em Esteio, o movimento no pavilhão de gado leiteiro já era intenso. Tratadores preparavam os animais para a primeira ordenha do dia, em uma das etapas do concurso que é um dos destaques da programação — e encerrado com o tradicional banho de leite dos vencedores. E qual a fórmula para fazer uma campeã? A coluna conversou com técnicos das associações de criadores organizadoras da disputa.
No circuito da Associação da Criadores de Gado Holandês (Gadolando), são realizadas cinco ordenhas. Dessas, as duas de maior volume são descartadas para evitar distorções e porque, como explica Rubimar Franco, médico veterinário e presidente do conselho técnico da entidade, a proposta é que haja regularidade no volume médio produzido.
Neste ano, 18 fêmeas participam da competição na Expoleite, vindas de quatro propriedades. E qual o objetivo em premiar esses criadores?
— Incentivar a produção, porque o Rio Grande do Sul tem potencial para aumentar a média de produção de leite — explica Franco.
Entre as regras do concurso estão ainda o tempo da ordenha, que deve ser de no máximo nove minutos e os tambos de leite cobertos para que a quantidade não seja visualizada antes do término.
Já na competição organizada pela Associação de Criadores de Gado Jersey do Rio Grande do Sul (ACGJRS) — outra raça que também realiza concurso leiteiro, o circuito é mais simples. Três ordenhas são realizadas em um período de 24 horas. Quando finalizadas, é somado, então, o volume das três.
Para a presidente da ACGJRS, Ângela Maraschin, além de mostrar o quanto a raça é capaz de produzir, outro ponto importante da competição é a aproximação com público urbano que ela possibilita:
— É uma forma das pessoas da cidade verem como é feita a ordenha. Como é um processo natural.
Da raça jersey, estão participando sete fêmeas de seis propriedades diferentes.