A jornalista Bruna Oliveira colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Fazendo frente ao processo de modernização da Emater, um aplicativo técnico para uso dos extensionistas rurais já está nas ruas, ou melhor, em campo, para dar ainda mais robustez ao trabalho da instituição. Gerente de Tecnologia da Informação e um dos envolvidos no desenvolvimento do app, Diogo Coradini destaca que a funcionalidade é o primeiro passo de um projeto ainda maior de inovações.
— Facilitando a vida do técnico, ele vai qualificar a informação e ter melhor condição de atendimento ao cidadão — diz o gerente.
Na entrevista a seguir, Coradini conta à coluna detalhes da funcionalidade.
Para que serve o aplicativo?
A funcionalidade principal dele é atender ao público interno. É um dos produtos do projeto Aters Digital (Assistência Técnica e Extensão Rural e Social), que é um apanhado de soluções tecnológicas. Ele serve para apoiar o extensionista, o técnico agrícola, o agrônomo, o veterinário, enfim, todo o atendimento a campo na sua atividade fim. O profissional faz todos os registros dos dados, atualização de cadastro, assinatura do público assistido, acompanhamento de orientações técnicas... A principal funcionalidade do app, nesta versão que foi disponibilizada, é esta.
Como o aplicativo foi desenvolvido?
Era uma demanda há muito tempo solicitada. Começamos pelo desenvolvimento mais técnico, de análise de sistemas em conjunto com os colegas que iam ser os executores. Na sequência, iniciamos o desenvolvimento propriamente, de TI mesmo. A cada implementação íamos validando as funcionalidades, desde a questão de usabilidade e layout até a funcionalidade offline, porque no interior nem sempre se tem internet. O app tinha que ser fácil, rápido, permitir coletar imagens... isso exigia algumas soluções obrigatórias, mas principal delas é atender os nossos contratos de prestação de serviço e a informação coletada. Homologamos colocando em funcionamento em algumas regiões e estamos há quase um ano de uso.
De que forma o app auxilia o trabalho do extensionista?
A primeira é que ele não precisa mais anotar o que foi feito lá na ponta, a campo. Isso agiliza o trabalho. O sistema usado até então contempla toda operação técnica, mas não podia ser feito durante a prática na ponta, o dado precisava ser lançado posteriormente. (O app) evita erros, redundância, além dar a evidência do atendimento. Em poucos cliques, está feito.
O que representa essa guinada “da prancheta” para o digital?
É simbolicamente excepcional. E um caminho sem volta. Os processos hoje precisam ser digitais. Apesar do campo ainda ter algum distanciamento da tecnologia, isso está diminuindo. Até o público mais antigo já está dentro do mundo digital. Para a Emater, é um marco e um produto inicial de outros complementares que virão. Como é uma ferramenta que foi pensada pelo seu executor, ou seja, pelos colegas que utilizam, precisávamos entregar uma versão robusta e estamos em desenvolvimento de outras funcionalidades, inclusive para o público que a gente assiste poder se comunicar com o nosso técnico. Facilitando a vida do técnico, ele vai qualificar a informação e ter melhor condição de atendimento ao cidadão.