Se prevenir é melhor do que remediar, manter é mais econômico do que limpar. Essa é a lógica (e um desejo antigo do setor) por trás da iniciativa para a realização de uma dragagem permanente no porto de Rio Grande. A iniciativa da Portos RS foi consolidada ontem em reunião e tem por objetivo preservar o status obtido a partir da limpeza do canal de acesso, que possibilitou a homologação do novo calado, em outubro de 2020. A condição permite a entrada de embarcações maiores.
Com as licenças ambientais já obtidas, para um período de até sete anos, a empresa pública já toca as duas licitações necessárias, como explica Fernando Estima, gerente de planejamento e desenvolvimento da Portos RS. Uma é para a contratação do serviço de batimetria, com investimento estimado em torno de R$ 4 milhões. A projeção é de que o edital saia ainda neste mês.
A outra, que deve estar aberta em até 60 dias, é para a obra de dragagem em si, que deve exigir um aporte entre R$ 50 milhões e R$ 100 milhões.
— A previsão é conseguir fazer a dragagem ainda neste ano. Para manter o que conquistamos, o calado de 15 metros homologado — observa Estima.
Visão que é endossada pelo Conselho de Autoridade Portuária do porto de Rio Grande, que realizou reunião. Sandro Araújo, delegado representante do Sindicato dos Despachantes Aduaneiros do RS reforça que "a dragagem continuada permitirá a entrada de navios maiores de forma permanente no cais, trazendo e levando mais cargas". Fluxo que é essencial para o agronengócio, que tem no complexo portuário um importante canal de saída e entrada de produtos.
Em 45 dias, menos de 10% dos produtores fizeram a Declaração Anual de Rebanho no RS. No total, a Secretaria da Agricultura espera 380 mil declarações de todo o Estado. O documento é uma obrigação sanitária de todos que trabalham com produção animal. E o prazo para cumprir a exigência termina em 31 de outubro. Os formulários estão disponíveis pelo site da Secretaria.