Enquanto o RS começa a semear aquela que será a maior área de trigo dos últimos 42 anos, um estudo publicado neste mês ajuda a mostrar o comportamento e o controle de uma das principais doenças que afeta a cultura no início da safra: o oídio. Na prática, o trabalho pode funcionar como um “empurrãozinho” para que o Estado concretize também a projeção de aumento da produção — consequência do crescimento de área plantada. Mas o que exatamente diz a pesquisa?
Conduzida pelo Instituto Agris, de Passo Fundo, o trabalho avaliou as 25 principais cultivares disponíveis no mercado na safra 2020/2021 para entender como elas são afetadas pelo parasita. O que se descobriu foi que mais de 40% delas foram prejudicadas pelo oídio e justamente na produtividade, que chega a cair até 60%.
Com o nível de suscetibilidade ao oídio definido, o estudo fez ainda uma relação de fungicidas eficientes para cada uma das cultivares. O que se viu foi que, utilizando o químico correto, a eficácia era de mais de 90%.
— É o tipo de estudo que deveria ser feito todo ano, para que o produtor consiga economizar no bolso e porque essas doenças se modificam rapidamente — afirma o gerente de pesquisa e desenvolvimento do Instituto Agris, Mateus Zanatta.
O resultado desse estudo da suscetibilidade das cultivares ao oídio e quais químicos usar em cada uma delas estão disponíveis no Instagram @institutoagris.
*Colaborou Carolina Pastl