Campeã de vendas no Dia dos Namorados, a rosa vermelha promete também fazer a alegria do setor produtivo. Parte do grupo que mais foi afetado pela pandemia, o das flores de corte, deve ajudar a puxar o crescimento projetado para este ano. Walter Winge, presidente da Associação Rio-Grandense de Floricultura (Aflori), estima que possa se chegar a um crescimento de 20% sobre a comercialização do ano passado. O fato de a comemoração cair em um sábado e de já não haver mais restrições ao comércio são fatores que alimentam essa expectativa.
— As pessoas estão sensibilizadas, dando importância para presentear com flores. E caindo em um sábado, as pessoas terão tempo para curtir com calma e tranquilidade, deve ser uma comemoração estendida — avalia Winge, que confirma a preferência dos apaixonados pela rosa vermelha com presente nessa ocasião.
Outra razão para apostar em bons negócios vem do histórico recente. No Dia das Mães, o movimento surpreendeu, com o comércio vendendo os estoques e registrando expansão entre 15% e 20%. Com um detalhe: em 2020, as floriculturas foram um dos poucos segmentos autorizados a funcionar nessa data.
O Dia dos Namorados, das Mães e o Natal são as ocasiões de maior faturamento do setor –respondendo por cerca de um terço do total. No ano passado, o recuo registrado nos negócios de flores de corte, cerca de 30% na média nacional, fez com que houvesse um ajuste na produção —até porque a maior demanda vinha de eventos. Com isso, a oferta agora tem sido menor — em datas especiais, era comum que se direcionasse o excedente voltado às celebrações para atender a maior procura. O reflexo foi uma alta no valor médio, deixando mais caro também o produto final.