Depois de encolher significativamente — mais de 80% em alguns produtos —, o setor de flores do Rio Grande do Sul deve ganhar um pouco de fôlego com o Dia das Mães. As vendas no período se tornaram possíveis por meio de ferramentas virtuais e também com a retomada do funcionamento de pequenos comércios nos municípios em áreas do Estado onde o quadro permitiu. Presidente da Associação Rio-Grandense de Floricultura (Aflori), Valdecir Ferreira confirma que houve uma melhora, com a maioria dos produtores ficando apta a trabalhar, exceto nas regiões de bandeira vermelha:
— As flores estão saindo, e temos esperança de volume de vendas que salve um pouco o resultado ruim.
Além da retomada, muitos produtores reforçaram os canais virtuais de vendas, com as redes sociais funcionando como vitrine para os consumidores poderem fazer a escolha. Ferreira também afirma que os cuidados no manuseio das flores têm sido redobrados, para garantir a segurança. Vasos e cachepôs são higienizados com álcool, por exemplo.
— O pessoal que lida com flor gosta da vida, então procura ter muito zelo — reforça.
O Dia das Mães costuma representar 10% do movimento total do ano. Nas flores de corte, como as rosas, e de vaso, como as orquídeas, o peso é maior: 25%. A preferência dos filhos é por plantas "vivas", porque as mães gostam de seguir cuidando, observa o presidente da Aflori.
A tentativa é de conseguir superar o momento da pandemia em que as vendas de flores caíram 80%. No Rio Grande do Sul, segundo a Aflori, a diminuição oscilou entre 40% e 60% nas plantas de jardim, mas superou o percentual nacional nas de corte em razão da não realização de eventos.
Leia mais colunas de Gisele Loeblein