A identificação de gafanhotos da espécie migratória sul-americana na Argentina amplia a atenção da equipe da Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul. Desde o ano passado, quando a ameaça surgiu com força no país vizinho, técnicos fazem o monitoramento.
Conforme Ricardo Felicetti, chefe da Divisão de Defesa Vegetal da pasta, autoridades do Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar (Senasa) detectaram no dia 30 de março exemplares jovens do tipo Schistocerca cancelatta, mesma espécie das nuvens migratórias registradas no ano passado e que traziam preocupação por conta da mobilidade, com ameaça de entrada no Estado. Por ora, os novos relatos, feitos por produtores argentinos de Chaco, Formosa e do oeste, não devem ser motivo de preocupação:
— Frente aos monitoramentos no Estado e à situação de ocorrência de formas jovens na Argentina, distante pelo menos 600 quilômetros do RS, não há risco iminente de ataque de gafanhotos a qualquer cultura vegetal.
A condição de emergência fitossanitária, decretada no ano passado por conta da ameaça das nuvens migratórias na Argentina, segue vigente até junho, podendo ser renovado se necessário.
— As equipes da secretaria estiveram em monitoramento permanente durante a safra atual, incluindo na verificação de focos de gafanhotos nativos a fim de antecipar qualquer situação de risco — tranquiliza o chefe da Divisão de Defesa Vegetal.