Uma das ações previstas para o primeiro semestre de 2021 promete reforçar a infraestrutura do porto de Rio Grande, que teve homologado o novo calado depois de anos de espera. A ideia é evitar acúmulo de sedimentos, que podem prejudicar entradas e saídas, com a realização de dragagens anuais. Para isso, deverão ser feitas duas licitações para até cinco anos de contrato: uma para a limpeza e, outra, para a realização da batimetria.
O cálculo é de que seriam retirados entre 1,5 milhão e 2 milhões de metros cúbicos por ano, a custo estimado entre R$ 30 milhões e R$ 40 milhões. Os recursos viriam das taxas portuárias pagas. A estimativa é de que o edital, já em preparação, possa sair até junho.
A realização da obra de forma sistemática, avalia o superintendente Fernando Estima, dará maior segurança aos armadores e, por consequência, maior competitividade ao terminal:
— Tem uma questão estratégica. Podendo carregar mais os navios, o porto caminha para ser um hub.
A confirmação do calado de 15 metros veio após a realização de dragagem de manutenção, iniciada em 2018, concluída neste ano, mas esperada desde 2015. Os R$ 500 milhões para a limpeza vieram da União.
Com as novas medidas, o potencial de movimentação do porto cresce 10%, ao permitir que navios carreguem maior volume. Também fez deslanchar o projeto de ampliação da capacidade do Termasa, terminal de grãos operado pela CCGL, com um investimento previsto de R$ 700 milhões.