![Félix Zucco / Agencia RBS Félix Zucco / Agencia RBS](http://www.rbsdirect.com.br/imagesrc/25309091.jpg?w=700)
Desde o início, as provas do Freio de Ouro foram motivadas por um ingrediente comum a criadores, ginetes e espectadores: a paixão pelo cavalo crioulo. Mas a disputa foi além desse sentimento coletivo. Transformou-se também em negócio consolidado, que hoje ultrapassou as divisas do Rio Grande do Sul e as fronteiras brasileiras e do continente em que se originou.
Consagrados nas pistas, os animais tornam-se referência nas qualidades desejadas para a raça e têm seu passe valorizado fora delas. A genética passada de pai para filho é combustível de recordes em negócios.
A marca de maior valorização de um exemplar, atingida em 2014, segue sendo a de JLS Hermoso. A venda de cota de seis coberturas saiu por R$ 650 mil, fazendo o garanhão atingir avaliação de R$ 16,25 milhões.
Ele próprio não foi um grande vencedor da prova. Mas, ao começar a produzir filhos campeões, alcançou notoriedade e status diferenciado como reprodutor. Outras grandes cifras foram alcançadas na esteira dos resultados da competição.
O atual bicampeão do Freio de Ouro, JA Libertador, é filho de Equador de Santa Edwiges, garanhão que foi negociado a R$ 7 milhões em 2017 (o animal acabou morrendo um mês depois da venda, naquele ano).
O pico da comercialização da raça foi em 2014, quando o faturamento alcançou R$ 198 milhões. Nos últimos anos, os negócios se mantiveram constantes, mas em passo alinhado com a econômica do país. Para 2019, incluindo as vendas na Expointer, em que o crioulo representa entre 70% e 80% dos negócios com animais, a projeção é de que haja aumento nos negócios.
— As médias e os volumes já subiram um pouco em relação ao ano passado no primeiro semestre — observa o leiloeiro Fábio Crespo.