A relação entre bovinos angus e brangus irá além do resultado de cruzamento de raças. As associações brasileiras de criadores assinarão, em 26 de agosto, durante a Expointer, em Esteio, protocolo de intenções para começarem trabalho de parceria.
— Queremos aumentar a aproximação com a associação de brangus para realizarmos ações em conjunto, reduzir despesas e valorizar as duas raças — explica o presidente da Associação Brasileira de Angus (ABA), José Roberto Pires Weber.
Com criadores em comum, as duas entidades pretendem compartilhar a gestão de núcleos regionais, as agendas de remates e a participação em exposições. As iniciativas servirão ainda para aumentar as inscrições de exemplares em eventos, como na Expointer. Nesta edição, a raça angus levará novamente o maior número de bovinos de corte à feira agropecuária: serão 127 exemplares — 15,5% a mais do que no ano passado.
Já a raça brangus terá 57 animais, decréscimo de 3,4%. Ainda durante a Expointer, no dia 30, as duas entidades promoverão o seminário Cruzamento Industrial 3.0, para discutir o aproveitamento das fêmeas meio-sangue (cruza angus e nelore) nas regiões centro-oeste e norte do país.
Uma das alternativas é o cruzamento com bovinos ultrablack, raça sintética resultante da cruza de animais 80% angus e 20% zebuíno, originária da Austrália. A raça, registrada em 2017 no país, tem biotipo adaptado ao Brasil Central, principal fronteira para crescimento da pecuária brasileira.