Representante do Ministério da Agricultura na Expodireto-Cotrijal, o secretário-executivo Eumar Novacki comentou a nova fase da Operação Carne Fraca. Para ele, os efeitos negativos, se vierem, não terão a mesma proporção do que os estragos causados pela primeira ação da Polícia Federal, em 2017.
Como o ministério avalia mais essa etapa da Operação Carne Fraca?
Foi uma operação que, no momento de sua divulgação (no ano passado), deu um enfoque completamente errado. O que era para coibir desvios de conduta colocou em xeque a qualidade dos produtos do Brasil. Obviamente, deu muito trabalho, a gente teve de fazer missões para todo mundo. A diferença é que, agora, o Ministério da Agricultura participou pari passo de todas as ações, discutindo tecnicamente o que era problema. Inclusive fez questão de trazer muitos pontos que eram sensíveis, que exigiam uma força-tarefa investigar.
Qual impacto terá essa operação para as exportações?
Não deve trazer problemas como os da primeira operação, mas é lógico que temos de ter a atenção redobrada. A ideia é que a gente aja da mesma forma como fizemos no passado, com o máximo de transparência, inclusive sinalizando aos mercados que são parceiros econômicos do Brasil o que de fato aconteceu e que medidas o ministério está tomando.
Como o consumidor pode se sentir seguro considerando que as operações tiveram como alvo líderes do setor, como a JBS e a BRF?
Porque até agora, em nenhum momento, colocou-se em risco a saúde pública. As questões são pontuais e têm cunho comercial.