Com a colheita de milho se aproximando do final no Estado – segundo a Emater, já alcançou 75% da área total –, os números da safra começam a ficar mais definidos. E a certeza de que a produção encolherá leva entidades ligadas à indústria de proteína animal a buscar alternativas para o abastecimento. Além de fornecedores tradicionais, como Argentina e Paraguai, que já estão sendo acionados, as empresas querem acesso ao cereal dos Estados Unidos.
Nesta terça-feira (27), em reunião em São Paulo, o assunto será discutido por grupo com foco no abastecimento do insumo.
– Vamos trabalhar para importar milho dos EUA, que têm variedades transgênicas não aprovadas no Brasil – conta José Eduardo dos Santos, diretor-exeutivo da Associação Gaúcha de Avicultura.
Historicamente, o Estado tem déficit de até 2 milhões de toneladas de milho. Neste ano, a produção deve recuar 23,82%, para 4,6 milhões de toneladas.
– No milho, tem quebra em tudo o que é canto do Estado. A falta de umidade em dezembro foi crucial para a produtividade – explica Claudio Dóro, da regional de Passo Fundo da Emater.