Fechou o tempo no Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande do Sul (CRMV-RS). A divisão teve o auge na semana passada, quando o presidente Air Fagundes dos Santos colocou em votação a intenção de assinar convênio com a Secretaria da Agricultura para treinar profissionais que trabalharão na inspeção de produtos de origem animal no Estado, que poderá ser terceirizada. Foi derrotado por seis a um, mas cassou a decisão da plenária. Com isso, o conselho votará o tema novamente.
Os opositores da posição do presidente, colegas da chapa vencedora da eleição do conselho, no ano passado, lembram que um dos posicionamentos do grupo à época era ser contra a privatização do trabalho em indústrias de carnes e leite.
– Está todo mundo se perguntando o porquê dessa posição do presidente – diz Paulo Ricardo Centeno Rodrigues, tesoureiro do CRMV-RS, repetindo questionamento da Associação dos Fiscais Agropecuários do Estado (Afagro).
O secretário estadual da Agricultura, Ernani Polo, avalia que, com a terceirização aprovada, nada melhor do que o CRMV, responsável por fiscalizar a profissão, treinar os veterinários para tarefa. Os posicionamentos pré-eleitorais, pondera o secretário, são um problema interno da entidade.
Em nota, Fagundes alega que, diante da mudança na legislação, cabe ao conselho ajudar na inspeção e fiscalização dos produtos de origem animal no Estado.