Em meio a perdas em razão do clima e preço pouco animador, o Rio Grande do Sul abre oficialmente, em Giruá, a colheita do milho. O início do evento estava programado para esta quinta-feira à noite, com palestra do presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Milho, (Abramilho), Alysson Paolinelli. Sexta-feira pela manhã, com a tradicional entrada das colheitadeiras na lavoura, a programação será na Agropecuária Ouro Verde.
Apesar da volta da umidade nos últimos dias, a falta de precipitações, principalmente em dezembro, deve levar à queda na produtividade, aponta o presidente da Apromilho no RS, Ricardo Meneghetti.
– Essas chuvas ao menos interromperam o avanço das perdas – diz Meneghetti.
Também devido à redução da área plantada, reflexo do preço, a entidade espera encolhimento de 20% na safra do Rio Grande do Sul em comparação com o volume de 6 milhões de toneladas do ano passado. Caso se confirme a expectativa de produção menor do que as estimativas oficiais, o mercado pode reagir, avalia o dirigente. O valor médio pago ao produtor no Estado pela saca (60 quilos) é de R$ 27,07, conforme a Emater, 13% abaixo de um ano atrás.
Outro ponto debatido será uma política para o setor com o apoio de bancos estaduais para que produtores possam fazer venda antecipada e pagar os primeiros compromissos com a formação das lavouras.