Com a conta de luz mais cara a partir desta terça-feira (1), em aumento autorizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) por conta da alta do custo para geração de energia no país, os produtores já começam a fazer as contas em quanto o reajuste irá impactar nas lavouras – principalmente as irrigadas.
A bandeira tarifária vermelha, no patamar 1, custa em média R$ 3 a mais para cada cem quilowatts-hora (kWh) consumidos.
– Isso ainda sem contar o aumento da tarifa cobrada pela distribuidora de cada região – alerta Antônio da Luz, economista-chefe da Federação da Agricultura no Estado (Farsul).
A entidade irá esperar o primeiro mês de cobrança para calcular o impacto do aumento para as lavouras gaúchas de verão – semeadas a partir de setembro. A preocupação já foi exposta ao Ministério da Agricultura, com pedido de intervenção junto ao Ministério de Minas e Energia.
– Em casa, conseguimos tomar medidas para reduzir o consumo nos períodos de tarifa mais alta, mas nas lavouras o uso de energia é sazonal, com hora exata para irrigar – argumenta o economista.
O sistema de bandeiras é atualizado mensalmente pela Aneel, conforme o preço da energia, o volume de chuva e a situação dos reservatórios das hidrelétricas em todo o país.
*Interina