Embora tenha um forte candidato à compra da unidade de Santa Rosa, a Companhia Estadual de Silos e Armazéns (Cesa) não consegue vender a estrutura. Pela segunda vez, terminou deserta a licitação, que tinha abertura de envelopes com propostas marcada para ontem. Agora, a diretoria avaliará, em reunião que ocorre hoje ou amanhã, se ainda tenta negociar ou se entrega a filial à Justiça, para leilão.
O grande entrave para que o acerto saia está no valor. A unidade foi avaliada em R$ 12,4 milhões. A grande interessada é a Cooperativa Tritícola de Santa Rosa (Cotrirosa), que desde o ano passado arrenda a estrutura da Cesa no município. O imóvel deverá ser retomado pela companhia.
– Manifestamos por escrito nosso interesse. Só não concordamos com o valor – explica Eduino Wilkomm, presidente da cooperativa.
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Presidente interino da Cesa, Claudio Cava Correa diz que "não é possível baixar o preço avaliado". A planta de Santa Rosa tem capacidade total de 40,5 mil toneladas. Os silos "estão cheinhos", afirma Wilkomm, reflexo da supersafra colhida no Rio Grande do Sul e da comercialização lenta do grão. A venda de unidades faz parte de estratégia anunciada em março deste ano pela Secretaria da Agricultura. O objetivo é utilizar os recursos provenientes dos negócios para pagamento de acordo trabalhista fechado com o Sindicato dos Auxiliares de Administração de Armazéns Gerais do Estado do Rio Grande do Sul (Sagers). Na lista da primeira fase, estão seis unidades, avaliadas em R$ 54 milhões.
Dessas, até o momento, só duas foram vendidas: a de Júlio de Castilhos e a de Nova Prata, totalizando R$ 8,38 milhões. Edital para venda de Cruz Alta deve sair nesta semana.