Para o milho ficar mais competitivo, é preciso produzir mais. Essa é a visão do presidente da Associação Brasileira de Produtores de Milho (Abramilho), Alysson Paolinelli, que nesta terça-feira participou do Fórum Mais Milho, em Passo Fundo. Para ele, só a elevada produtividade é capaz de bater deficiências do país, como infraestrutura logística, incluindo a armazenagem do grão.
Sobre o impacto do preço (que vem caindo e está abaixo do mínimo no Mato Grosso), no ânimo do produtor, o ex-ministro da Agricultura observa:
– Este ano tende a chegar no preço mínimo. Mas no mercado internacional, o valor não caiu. O que significa que o mercado global está correspondendo às expectativas. Há demanda e quem vai abastecer é o Brasil e os Estados Unidos.
Nos próximos 30 anos, serão necessárias 380 milhões de toneladas a mais de milho para atender ao consumo mundial. A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) estima que o Brasil responderia por 40% desse volume.
Nesta terça-feira, o Ministério da Agricultura comunicou que serão liberados R$ 500 milhões para leilões de milho e outros R$ 300 milhões para contratos de opção (para MT e RO).