O ano será de surpersafra e também de superfretes. O custo para levar o grão produzido até o porto de Rio Grande crescerá na casa de dois dígitos, mostra levantamento da Federação da Agricultura do Estado (Farsul).
– É um aumento muito grande. Nada subiu 26%, e houve queda nos preços das commodities – pontua Antônio da Luz, economista-chefe do Sistema Farsul.
Afrânio Kieling, presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga e Logística, diz que diversos fatores oneraram a atividade. O roubo de cargas, a má conservação das estradas, que gera custo adicional de manutenção, e os pedágios mais caros.
– Com a recessão, as empresas foram reduzindo, segurando as tarifas. Só que chegaram em um momento em que não têm mais como segurar – complementa.
A Farsul defende mudança estrutural, que envolva outros modais.
– O Estado já teve sistemas hidroviário e ferroviário como grandes opções, mas que hoje estão em um plano de coadjuvantes – afirma Fábio Avancini Rodrigues, diretor da entidade.