O tamanho do prejuízo causado às lavouras de arroz pela chuva e pelos ventos fortes será conhecido até quinta-feira. É quando o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) deverá concluir o levantamento iniciado nesta segunda-feira.
– Temos indicativos de perdas. Pontualmente, para os produtores, houve prejuízo – explica Maurício Fischer, diretor técnico do Irga.
Por enquanto, ainda é cedo para falar em impacto sobre o volume de produção previsto para esta safra, de 8,4 milhões de toneladas. O principal problema ocasionado foi o do acamamento (quando o arroz deita pela força do vento) e as regiões mais afetadas foram a Fronteira Oeste, Campanha e Zona Sul. Mas, segundo Henrique Dornelles, presidente da Federação das Associações dos Arrozeiros do Estado (Federarroz-RS), o acamamento foi "generalizado".
Outra preocupação é que ainda há muita área para ser colhida – chega a apenas 15%. Conforme a Federarroz, a grande quantidade ainda por colher – 85% – aumenta os riscos.
– Se vierem outras chuvas com vendavais prejudica a colheita e amplia significativamente as perdas – afirma o presidente da entidade.
Depois que a lavoura deita, quanto maior a demorara para a colheita, crescem as chances de danos porque a lavoura começa a germinar, a apodrecer.
– Nos lugares em que a lavoura acamou, haverá perdas. Podem ir de 2% a até 10%, 15%.