A retomada dos negócios fez com que a indústria de máquinas e implementos agrícolas do Rio Grande do Sul virasse uma importante página no segundo semestre de 2016. Depois de quatro semestres seguidos com o fechamento de postos de trabalho,
o setor criou 133 vagas. O número ainda é tímido e não foi suficiente para impedir acumulado negativo no ano – o saldo, no ano passado, foi de -842 empregos. Mas a mudança de padrão, mostra que há um movimento diferente.
– É uma pequena retomada, mas suficiente para gerar expectativa de estabilização do quadro funcional – avalia o economista Rodrigo Feix, coordenador do núcleo de estudos do agronegócio da Fundação de Economia e Estatística (FEE).
Presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas do Estado (Simers), Claudio Bier confirma o que os números apontam: há tendência de retomada das vagas perdidas.
– O primeiro passo foi parar as demissões. Agora, há contratações sendo feitas. Eu mesmo estou contratando – completa Bier.
Feix acrescenta que outro bom sinal para a indústria vem do indicador de confiança da Fiesp: perguntados se têm intenção de comprar máquinas agrícolas, produtores respondem positivamente:
– Ao longo do tempo, houve melhora no cenário para investimento.
O agronegócio como um todo teve resultado positivo no ano passado, no que diz respeito à criação de empregos: foram mais de 1,7 mil, alta de 0,6% no estoque. Em 2015, haviam sido mais de 4 mil vagas perdidas. Em 2016, o ramo que mais gerou postos de trabalho foi o de produção de sementes e mudas certificadas, com 1.062 empregos.