A colheita de uva se encaminha para a reta final e a produção anima, mas o preço da fruta azeda a relação entre produtores e indústria. O valor pago pelo quilo não agrada os agricultores, que reclamam da falta de definição de preço antes da negociação da produção. Como a fruta é altamente perecível, quando pronta precisa ser colhida em poucos dias, os donos dos parreirais perdem poder de barganha.
Depois de uma quebra de 57% na safra passada (2015/2016) pelo excesso de geada e chuva, os viticultores esperavam valores um pouco melhores este ano. O preço mínimo estabelecido pelo governo – R$ 0,92 – é considerado insuficiente, porque nem sequer cobre os custos de produção.
Uma das consequências da baixa remuneração é a fuga dos filhos de produtores no meio rural. Pequenos municípios na região da Serra, que já enfrentam os reflexos do rápido envelhecimento da população, encontram ainda mais dificuldades para manter os jovens na atividade.
*Interino