Para azeitar com precisão os dados da produção de oliveiras no Estado, a Secretaria da Agricultura promete começar, neste ano, mapeamento de área, número de produtores e volume obtidos. Em 2015, o governo lançou programa voltado ao incentivo da cultura. A meta audaciosa era passar dos 1,7 mil hectares para 60 mil hectares em cinco anos. Segundo Paulo Lipp João, coordenador da Câmara Setorial da Olivicultura, hoje, a estimativa de área é feita com base na procura e venda de mudas:
– A projeção é de crescimento de 400 hectares por ano. Devemos ter, na atual safra, mais de 2 mil hectares – aponta Lipp.
Atualmente, a entrega de mudas está demorando cerca de oito meses. Para não ficar só na estimativa, o cadastro começará a ser feito a partir da colheita, entre fevereiro e março. Lipp explica que, no primeiro ano, os técnicos da secretaria irão a campo, mas a ideia é utilizar um aplicativo, já existente, que no futuro será abastecido pelos produtores.
No próximo dia 12, o grupo técnico da olivicultura se reúne na Embrapa de Pelotas. As plantações estão se espalhando com mais força nos municípios de Canguçu, Pinheiro Machado, Cristal e Caçapava do Sul. A família Fuhrmann, que trabalha no ramo calçadista, apostou na olivicultura em 2010. Começou o plantio em 2011, com 50 hectares e hoje tem 300 hectares. No ano passado, fizeram o primeiro azeite.
– Queríamos diversificar os investimentos – afirma o proprietário, Léo Fuhrmann, que produz azeite com a marca Verde Louro.