Símbolo da culinária brasileira, o feijão tem atingido preços recordes no mercado brasileiro. Ainda não repassado aos consumidores, o reajuste do produto deverá pressionar a inflação dos alimentos em junho. A saca de 60 quilos do feijão carioca, responsável por 75% do consumo brasileiro, chegou a ser negociada a R$ 600 na Bolsinha de São Paulo - referência para formação de preço do produto no país.
O feijão preto, consumido e produzido especialmente no Sul, chegou a R$ 280 no atacado.
– Todos esses preços são recordes, devido ao sumiço de feijão no mercado – destaca Carlos Cogo, consultor de mercado agrícola.
A baixa oferta do produto é reflexo da quebra na primeira e na segunda safra no país, em razão de problemas climáticos no Sudeste e Centro-Oeste. Já iniciada, a colheita da terceira safra de feijão poderá aliviar a pressão nos preços nas próximas semanas.
Mesmo com uma colheita favorável neste ano, com boa produtividade, o Rio Grande do Sul tem o mercado impactado pela redução da produção em outras regiões. Na semana passada, o preço máximo pago ao produtor no Estado chegou a R$ 218, conforme a Emater.