Menos de uma semana após assumir o comando do Ministério da Agricultura, Blairo Maggi recebe nesta quarta-feira em seu gabinete líderes e políticos conterrâneos da Região Sul. Pela manhã, os secretários da Agricultura de Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul têm audiência marcada com o novo ministro, às 11h, em Brasília.
– Levaremos pautas comuns entre os três Estados, como a garantia de recursos para a defesa agropecuária e ações para garantir o abastecimento de milho para os setores de aves e suínos – adianta o secretário gaúcho, Ernani Polo.
Especificamente em relação ao Rio Grande do Sul, Polo pretende também expor ao ministro a necessidade de repactuação do passivo de produtores de arroz, por conta de problemas climáticos e da alta dos custos de produção.
Durante a tarde, será a vez do presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Carlos Sperotto, ser recebido por Maggi.
– Certamente o trigo fará parte da nossa pauta, assim como a situação de endividamento dos produtores da Metade Sul – destaca.
Sperotto deverá reunir-se também com Neri Geller, que será confirmado como novo secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura. A restrição ao nome de Geller, manifestada em carta de repúdio pela Farsul na semana passada, já não existe mais, garante Sperotto. A mudança de posicionamento da entidade deu-se após conversas por telefone, ontem, com Maggi.
A proximidade com as raízes do novo ministro da Agricultura, natural de Torres, podem ajudar a estreitar as relações com as lideranças gaúchas. Embora tenha nascido no Rio Grande do Sul, Maggi formou-se em Agronomia no Paraná e construiu a carreira política e uma das maiores empresas brasileiras do agronegócio, o Grupo Amaggi, em Mato Grosso.
Os laços com o rincão gaúcho, porém, deverão serão lembrados na hora de pedir uma atenção especial às reivindicações do Estado.