Neste ano, mais do que nunca, o setor de máquinas e implementos agrícolas voltará suas atenções - e esperanças -para a Expodireto-Cotrijal, feira que será realizada no próximo mês em Não-Me-Toque. Com as vendas em baixa, a indústria conta com uma boa nova a ser anunciada no evento pela ministra da Agricultura, Kátia Abreu, para ganhar uma injeção de ânimo.
- A expectativa é de que ela anuncie alguma coisa nova - afirma Claudio Bier, presidente do Sindicato da Indústria de Máquinas e Implementos Agrícolas do Estado (Simers).
Na recente passagem pelo Estado, o secretário de Política Agrícola do ministério, André Nassar, confirmou que há um trabalho sendo feito na tentativa de ampliar o crédito para compra de máquinas e implementos.
A preocupação das fabricantes com o ritmo lento de vendas reflete a combinação de recursos limitados para o Moderfrota - segundo o governo, R$ 1,5 bilhão até junho - com a implementação da Taxa de Juro de Longo Prazo (TJLP) nos financiamentos do Finame Agrícola.
Em reunião recente, a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) teria orientado as empresas a direcionarem os financiamentos dos médios produtores para as linhas do Pronamp. A ideia é desafogar o fluxo do Moderfrota - fala-se que a quantia disponível seria, na verdade, de apenas R$ 1 bilhão.
Para Bier, é importante, mais do que o anúncio de valores extras, a derrubada da TJLP, que é reajustada a cada três meses:
- O agricultor é traumatizado com juro que não é fixo.