Reunião marcada para esta quinta-feira pode selar o futuro da unidade de aves da cooperativa Cosulati, em Morro Redondo, zona sul do Estado.
É desse encontro, com uma das empresas interessadas no ativo, que pode sair o anúncio da parceria capaz de manter as portas do frigorífico abertas. Integrantes da companhia conhecerão de perto a planta e sentarão à mesa para negociar. O nome dos potenciais parceiros, por enquanto, não é revelado - um seria do Vale do Caí e, outro, do Taquari.
A cooperativa vinha afirmando que paralisaria as atividades a partir de hoje, porque os estoques de animais disponíveis terminariam nesta quarta-feira. Se confirmada a continuidade dos abates, por meio de uma associação, os 180 trabalhadores do segmento estão dispostos a aceitar acordo para férias coletivas, como antecipou a coluna.
- Está bem avançada a discussão. A manutenção das atividades não depende do último frango abatido. A data para a parada não é estanque - diz Darci Rocha, vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Alimentação de Pelotas e diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Alimentação e Afins.
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A cooperativa já encaminhou adesão ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal e busca ainda a retomada do Serviço de Inspeção Federal (SIF), que permitiria a exportação do produto, o que querem as empresas interessadas.
Com capacidade para abater 25 mil aves por dia, o frigorífico da Cosulati reduziu esse número para menos de 15 mil animais por dia devido às dificuldades financeiras, decorrentes da alta nos custos de produção e da necessidade de elevado capital de giro.
Considerada estratégica pela localização, próxima ao porto de Rio Grande, a cooperativa tem também no seu portfolio unidade de processamento de leite, em Capão do Leão - de onde vem 83% do faturamento total -, e fábrica de ração em Canguçu.
As negociações vêm sendo monitoradas de perto pelo Sistema Ocergs.