Autora da proposta no Congresso que proíbe a escala 6x1 (trabalha seis dias e folga um) e reduz das atuais 44 a 36 horas a jornada semanal do empregado, Erika Hilton (PSOL -SP) está aberta a negociar termos do projeto, que agita trabalhadores e empresas desde o final de semana, quando a discussão viralizou nas redes sociais. Essa disposição ficou clara na entrevista ao Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, até mesmo, porque dificilmente a mudança trabalhista avançaria do jeito como está. A proposta de emenda à Constituição (PEC) atingiu, nesta quarta-feira (13), o quórum de assinaturas necessário para começar a tramitar na Câmara dos Deputados. Confira trechos da entrevista abaixo e ouça a íntegra no final da coluna.
Aceitaria alterar o projeto para um limite de 40 horas em vez de 36 e admitir outras flexibilizações, como corte de salário no caso de redução de jornada?
Tudo que você coloca são possibilidades. A proposta está ali pra ser negociada, o que ocorre a partir da indicação de um relator. Mas acho que é prematuro dizer quais aperfeiçoamentos faríamos para além destas alterações que você já pontuou. Com as assinaturas, começaremos a falar com as bancadas e chamaremos os setores pra dialogar. Vamos entender as necessidades que fazem sentido e não as que são apontadas apenas para destruir e desidratar nosso texto. A possibilidade das 40 horas é um caminho possível, palatável. O próprio Ministério do Trabalho apontou. Já ganhamos alguma coisa se obtivermos este resultado. Outras mudanças podem ser acatadas, sendo possível para o trabalhador e para a economia.
Abriria mão do ponto que proíbe a escala 6x1?
Coisas vão surgindo e tudo vai mudando, mas não vejo negociações possíveis para abrir mão desta parte do texto. Esse é o pilar estrutural. Qual seria a contrapartida? Entendemos que, para determinados setores, essa escala será necessária. Nos procuraram do setor de vigilância, de segurança. Vamos negociar e aperfeiçoar para esses setores funcionarem na sua plenitude, com a sua potência, mas o trabalhador não pode ficar precarizado.
* Colaborou Kyane Sutelo
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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