Setor que funciona sete dias por semana, mesmo que com operação parcial, é o de shoppings. Por isso, na rodada que tem feito para colher opiniões sobre o impacto do projeto de emenda constitucional que proíbe a escala 6x1 (trabalha seis dias e folga um) e reduz de 44 a 36 horas semanais a jornada semanal, a coluna ouviu o presidente da Associação Brasileira dos Lojistas de Shoppings (Ablos), Mauro Francis:
- A questão não é ser contra ou favorável, mas sim a viabilidade da aplicação no Brasil. Uma jornada de 36 horas ou quatro dias semanais, respeitando as oito horas diárias e sem redução salarial, elevaria significativamente os custos dos lojistas com mão de obra e, arrisco a dizer, inviabilizaria o setor. Como podemos reduzir a carga horária e manter a remuneração dos funcionários no mesmo patamar? Em outros países, onde as contratações são por hora trabalhada e sem muitos dos nossos encargos trabalhistas, a redução de jornada é facilmente aplicada. Aqui, temos que seguir os pisos das categorias e todos os encargos, aumentando em um terço a folha de pagamento. Tal projeto deve ser mais bem estudado pois, ao invés de melhorar a qualidade de vida dos funcionários, irá gerar desemprego por fechamento de empresas.
O fim da jornada de trabalho de 6 dias trabalhados por um dia de descanso ganhou destaque neste domingo (10) nas redes sociais. O debate sobre a proposta ficou em primeiro lugar nos assuntos mais discutidos pelos internautas na rede social X, antigo Twitter.
A extinção da jornada 6x1 faz parte de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) apresentada pela deputada Érika Hilton (PSOL-SP) na Câmara dos Deputados.
A parlamentar tem se engajado nas redes sociais para pressionar os deputados a assinarem o requerimento de apoio à PEC, que precisa de 171 assinaturas para ser apresentada oficialmente.
*Colaborou Guilherme Gonçalves
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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