Enquanto se negociava o repasse dos aeroportos de Torres e Canela do governo gaúcho à Infraero, empresa pública federal, se alinhavava o interesse das companhias aéreas em operar nos terminais. Sem isso, não adianta investir e aumentar pista. Além de ajudar na malha aérea com o Salgado Filho fechado, o ministro da Reconstrução, Paulo Pimenta, quer mais alternativas para voos no Rio Grande do Sul.
Ex-secretário Nacional de Políticas para o Turismo e ex-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi conduz o assunto ao lado de Pimenta. À coluna, Zuanazzi diz que Canela terá interesse grande das aéreas. No caso de Torres, ele é menor, mas acredita que deve-se iniciar com voos fretados.
— Um ATR (aeronave de médio porte para aviação regional) direto de São Paulo para a serra gaúcha é "açúcar no mel" — disse sobre Canela.
O repasse dos aeroportos de Canela e Torres à Infraero foi publicado no Diário Oficial da União nessa terça-feira (3). Agora, serão feitos investimentos, incluindo ampliação de pista. A expectativa é ter voos comerciais em algumas semanas. A Infraero já se dispôs também a conduzir os aeroportos de Santo Ângelo e Passo Fundo, que não tiveram interessados na concessão.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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