Após ter sido comprada por um grupo dono de postos de combustíveis, uma refinaria de Alvorada, na Região Metropolitana, será ampliada com R$ 30 milhões. Aos atuais oito prédios, serão acrescentados três novos. O que já teve a terraplanagem iniciada terá 1,5 mil metros quadrados para fabricar um fluído para reduzir a emissão de gases de efeito estufa por veículos a diesel, ou seja, com foco totalmente ambiental. As demais edificações serão para armazenagem.
Quando adquirida em 2023, a empresa, criada em 1961, chamava-se IPS. Agora, mudou para AIVA. A compradora também alterou o nome. Era Empresas SIM e, recentemente, passou a ser Grupo Argenta.
A AIVA fornece para outras indústrias de lubrificantes venderem com suas marcas, mas agora também terá produtos com a sua própria. A ideia é ter 100 tipos até 2025, para elevar em 40% as vendas. Do total do aporte, R$ 1,2 milhão foi para um laboratório de pesquisa de novos produtos. Também estão sendo compradas máquinas para automatizar o processo de envaze e rotulagem. O número de funcionários passará de 180 para 250.
— Teremos um portfólio de produtos mais robusto. Até então, produzíamos apenas o óleo básico acabado. Entregaremos produtos para diferentes público: agro, indústria e outros segmentos do setor automotivo — diz o diretor de Mercado, Ricardo Nunes. — Grande parte desse investimento também irá para manutenções dos prédios já existentes, afinal são da década de 1960 — completa.
Além do óleo básico, a AIVA faz o "rerrefino" do óleo que já foi usado e é coletado em 11 mil mecânicas, concessionárias e indústrias. A empresa tem 62 caminhões. Além disso, R$ 5 milhões serão para trocar a matriz energética da indústria. Passará de óleo diesel para gás natural, que também é de origem fóssil, mas polui menos.
— A energia solar não conseguira chegar ao calor necessário para o refino — explica.
Comprada no ano passado pelo Grupo Argenta, a indústria petroquímica nasceu como Indústria Petroquímica do Sul (IPS), até mudar de nome em 2023, quando passou a se chamar Vital. Sua matriz fica em Alvorada, mas possui filiais em Tio Hugo, Ijuí e Canoas, no Rio Grande do Sul, e em Campo Largo e Cascavel, no Paraná. Sua linha de produtos abastece mercados no Paraguai, Uruguai, Argentina e Bolívia.
Já o Grupo Argenta, com sede em Flores da Cunha, emprega mais de 5,5 mil pessoas. Em 2024, pretende faturar R$ 19 bilhões.
* Colaborou Guilherme Gonçalves
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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