Começa a ser depositado nesta sexta-feira (9) pela Caixa Econômica Federal o "quinhão" de cada trabalhador na divisão do lucro de 2023 do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A distribuição dos R$ 15,9 bilhões vai pagar 2,69% do saldo das contas em 31 de dezembro do ano passado.
Ou seja, a cada R$ 1 mil, serão depositados R$ 26,93. A cada R$ 10 mil, serão R$ 269,32. Para saber exatamente quanto será o seu valor, o trabalhador deve multiplicar o saldo do final de 2023 por 0,02693258. O saldo do FGTS pode ser consultado pelo aplicativo FGTS, disponível para os telefones Android e iOS. O extrato também pode ser solicitado nas agências da Caixa. Lembrando que o dinheiro só pode ser retirado nas situações tradicionais de saque do FGTS, como demissão sem justa causa e compra da casa própria.
A divisão do lucro complementa a rentabilidade do FGTS, que é baixa. Até então, era de 3% ao ano mais a taxa referencial. Uma decisão judicial recente determinou que, a partir de agora, terá que pagar ao menos a inflação.
Com esta divisão do lucro, o rendimento do dinheiro parado no FGTS em 2023 subiu para 7,78%. Superou a inflação (+4,62%), ou seja, manteve o poder de compra e garantiu um ganho real. Porém, ainda ficou abaixo da rentabilidade da poupança, de 8,21% no ano passado.
Com as ações mais negociadas da bolsa e com maior risco, o Ibovespa ficou em 22,3%. Referência para renda fixa, o CDI foi de 13%. E mesmo agora, o próprio governo federal está "pagando" inflação mais 6% - ou seja, acima de 10% - para quem compra título do Tesouro Direto.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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