Com a volta da negativação de devedores gaúchos pelos birôs de crédito, a taxa de inadimplência do Rio Grande do Sul subiu em julho. O indicador calculado pela Serasa Experian passou para 38,32%, frente aos 35,08% de junho. Para evitar restrição de crédito aos consumidores do Rio Grande do Sul durante a enchente, as empresas suspenderam os registros por 60 dias (maio e junho).
Apesar da alta, a taxa gaúcha é a terceira menor do país. Em abril, a inadimplência no Estado havia batido o seu recorde de 39,78%. Mesmo com a enchente, o cenário de 2024 é de queda do desemprego e inflação controlada, além de ser época de pagamento de contas, avisava o economista da Serasa Luiz Rabi.
O montante total de contas vencidas dos 3,48 milhões de inadimplentes está em R$ 19 bilhões no Rio Grande do Sul. Cada inadimplente deve, em média, R$ 5.478. Bancos e cartões de crédito seguem como principal segmento das dívidas no Estado.
Bastante completo, o indicador da Serasa Experian considera títulos protestados, dívidas vencidas com bancos e não bancárias (lojas em geral, cartões de crédito, financeiras, prestadoras de serviços como fornecimento de energia elétrica, água, telefonia, etc) e até cheque sem fundo. Ao não computar apenas a inadimplência do sistema financeiro, ela captura movimentos cíclicos, que, muitas vezes, se manifestam em bancos de 6 a 12 meses depois.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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