Ficou submersa a máquina que era o "coração" da fabricação da Pastelina, tradicional salgadinho gaúcho que existe há 75 anos. A água atingiu 1m95cm na indústria, que fica no bairro Floresta, em Porto Alegre. O equipamento eletrônico, que embala o produto, foi desmontado e cada parte está com um parceiro, que tenta recuperá-las.
A sorte foi que as novas máquinas, compradas com investimento de R$ 4 milhões, chegarão somente no final de julho, conta o presidente, Marcelo Gonçalves. A empresa vinha em expansão, entrando recentemente no mercado de Santa Catarina.
A inundação da Capital danificou também outros equipamentos e levou embalagens e estoques. Segundo Gonçalves, restaram paredes e telhado. Mas a limpeza já começou e a pintura será na semana que vem.
- Estamos sendo abraçados por nossos clientes. O primeiro mês de produção já está todo encomendado. Tem supermercado se oferecendo para fazer compra de seis meses. Isso é combustível para voltarmos - diz o executivo, colocando como meta o retorno para daqui a 60 dias e contando que até supermercados difíceis de entrar procuraram a marca.
Gonçalves está acompanhando as linhas de crédito lançadas no mercado para ver se a Pastelina se encaixa em alguma. A urgência agora é colocar a fábrica para rodar de novo. O plano de ir para uma unidade maior acabou sendo adiado.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jaques (guilherme.jacques@diariogaucho.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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