Próxima data importante para o varejo, o Dia dos Namorados, em 12 de junho, vai sentir o impacto da enchente nas vendas no Rio Grande do Sul. A projeção da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) é de um recuo de 33,7% sobre a comercialização do ano passado, uma queda bastante forte.
A movimentação financeira das lojas deve ficar em R$ 127,1 milhões pela estimativa da entidade nacional. Isso coloca o varejo gaúcho com o sexto maior faturamento do país, sendo que tradicionalmente ocupa entre a terceira e a quarta posição nas principais datas de vendas.
Presidente da Federação das Associação Gaúchas do Varejo (FAGV), Vilson Noer contou à coluna que tem feito sondagens pelo interior do Estado, nas quais identifica expectativas bastante díspares. Regiões inundadas projetam queda, enquanto outras esperam vendas iguais às do ano passado.
- Creio que faremos 90% do resultado de 2023. Mas tem ouvido os lojistas falarem já em "recomeço de vendas" - observa Noer.
Um ponto curioso é já estar ocorrendo uma venda que estava reprimida. Os segmentos que percebem o movimento são vestuário, calçados, cosméticos e utilidades domésticas, percebe o líder lojista.
- Eu, particularmente, fiquei mais aliviado. São retornos positivos em um contexto real. O Dia das Mães teve queda de 80% na venda - lembra Noer, referindo-se à data, que é o "Natal do primeiro semestre" e foi bem no início da enchente.
No país, a venda do Dia dos Namorados crescerá 5,6%, estima a CNC. É considerada a sexta maior venda em datas comemorativas do ano.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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